29 de julho de 2011

Estreia nos cinemas: Capitão América: o Primeiro Vingador

Herói criado sob medida para inflar o patriotismo norte-americano durante a II Guerra Mundial, em 1941, o Capitão América não teve muita sorte nos cinemas, como se viu numa sofrível versão em 1990, Capitão América, de Albert Pyun.

Vinte e um anos depois, o personagem reencarna numa versão luxuosa, com muitos efeitos especiais e também na versão 3D, Capitão América: O Primeiro Vingador, de Joe Johnston, o experimentado diretor de Rocketeer, Jumanji e Parque dos Dinossauros III.

O patriotismo original injetado pelos criadores do gibi, Joe Simon e Jack Kirby, está compreensivelmente atenuado, um sinal dos tempos de crise econômica no pós-guerra do Afeganistão e guerra do Iraque. Mas a energia heróica ressurge intacta no corpo inicialmente franzino de Steve Rogers (Chris Evans, o Tocha Humana de Quarteto Fantástico). O rapaz do Brooklyn nova-iorquino quer porque quer alistar-se e lutar contra os nazistas, em 1941. Mas ninguém deixa. Pudera. Com um corpinho raquítico e uma enorme lista de doenças anteriores, ele é sistematicamente dispensado.

A coisa muda quando ele se encontra com o cientista alemão dr. Erskine (Stanley Tucci), que enxerga nele a cobaia ideal para um soro, em tese capaz de moldar super-soldados, e que foi testado uma única vez - com alguns efeitos colaterais, já que gerou Johan Schmidt (Hugo Weaving), o Caveira Vermelha, um vilão que acha Hitler pouco e comanda uma organização paralela, a temível Hidra.

Submetido à experiência, Steve transforma-se num soldado forte e bombado. Apesar disso, não é enviado ao campo de batalha, como sonhava. O coronel Philips (Tommy Lee Jones) não quer nem ouvir falar disso. E o fortão acaba transformado por um senador no garoto-propaganda Capitão América, que percorre os EUA para ajudar a vender bônus de guerra junto com uma trupe de garotas.

Com a guerra no seu auge, não tarda a aparecer uma ocasião para que Steve ignore solenemente as ordens do coronel, com a total cumplicidade da agente Peggy Parker (Hayley Atwell, de O Sonho de Cassandra). Sozinho com sua força excepcional e um escudo metálico que usa com destreza, ele invade a fortaleza do Caveira Vermelha, resgatando cerca de 400 soldados aliados, entre eles, seu melhor amigo, Bucky Barnes (Sebastian Stan).
Com certeza, não é o fim do Caveira e do seu comparsa, o cientista dr. Zola (Toby Jones), que juntos se apoderaram de uma incrível fonte de energia, o polímero de carbono, capaz de alimentar armas de altíssimo poder de destruição. Só o escudo do Capitão América resiste a esse impacto.

Na versão 3D, ficam valorizadas algumas cenas de ação, sendo uma das melhores a primeira missão de Steve bombado, correndo descalço pelas ruas de Nova York para capturar um bandido, catando-o até debaixo d’água, num submarino. As outras são o ataque à fortaleza do Caveira Vermelha que resulta no resgate dos 400 soldados e a longa e eletrizante sequência aérea final.

Quem busca diversão, não tem do que reclamar. E quem gostou, já pode esperar a sequência, Os Vingadores, em produção, e que junta o Capitão América com o Homem de Ferro, Thor e outros personagens da Marvel em nova aventura.

-> Texto de Neusa Barbosa, do blog CineWeb.

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