Embora sua nova sequência ainda se fie no mesmo tipo de humor, o roteiro de Cory e Todd Edwards perdeu muita de sua capacidade de fazer rir ou mesmo sofisticação. No primeiro, a história da Chapeuzinho Vermelho era recontada com diferentes pontos de vista ao detetive Nicky Flippers (voz de David Ogden Stiers), à la filme noir, relativizando a idoneidade da protagonista (Anne Hathaway ) e de sua vozinha (Glenn Close).
Agora, a história tem uma nova abordagem. Chapeuzinho (dublada, desta vez, por Hayden Panettiere) trabalha para o sapo Nicky, tal como a vovozinha e o Lobo Mau (Patrick Warburton) – inocentado no primeiro filme. Enquanto ela viaja para um treinamento com o grupo “Irmãs do Capuz”, seus companheiros da Agência Felizes Para Sempre devem solucionar o desaparecimento dos irmãos João e Maria, aparentemente sequestrados pela bruxa do conto original.
No entanto, o resultado está muito aquém da produção anterior, insistindo em fórmulas
esgotadas e humor datado. É ainda possível rir de piadas com base no filme Kill Bill, de Quentin Tarantino? Os Edwards acreditam que sim, a despeito da quantidade de paródias realizadas anos atrás – e mais próximas ao seu lançamento.
Como pouco se apoia na animação – feita, aliás, por computador e nunca muito competente –, há pouco a se salvar nesta produção. Se antes era pouco aconselhável para crianças pela necessidade de referências, agora esse público, habituado a ineditismo, poderá considerar o que se vê na tela tão velho quanto os contos da Carochinha. O filme estréia apenas em versões dubladas, tanto em 3D como 35mm.
-> Texto de Rodrigo Zavala, do Cineweb.
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